A Tether Data, que é uma das maiores emissoras de stablecoins do mundo, entrou de vez no mundo da inteligência artificial. A empresa anunciou o lançamento do QVAC Genesis I, um conjunto de dados sintéticos que promete ser o maior do planeta, focado em treinar modelos de IA nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, ou STEM.
Esse conjunto é totalmente robusto, com nada menos que 41 bilhões de tokens. Além disso, a Tether lançou também o QVAC Workbench, um aplicativo que permite utilizar esses modelos de IA de forma local em dispositivos como celulares e computadores. Segundo a empresa, o nome QVAC é uma abreviação para “QuantumVerse Automatic Computer”, o que já dá uma ideia do que vem por aí.
O conceito por trás do QVAC é bastante interessante. Ele visa oferecer uma alternativa à inteligência artificial centralizada, garantindo que a execução da IA seja feita de forma privada e local, sem depender de servidores na nuvem. A ideia é que você tenha controle total sobre os seus dados e interações. Para a Tether, isso é uma mudança radical, permitindo que usuários e pesquisadores tenham acesso a uma inteligência que funciona de maneira autônoma.
QVAC para o consumidor
Recentemente, a Tether também liberou o QVAC Workbench para consumidores, sendo já disponível para Android, com uma versão para iOS chegando em breve. O aplicativo se destaca pelo fato de que todas as interações com modelos de IA ficam armazenadas no próprio dispositivo do usuário, garantindo a privacidade total dos dados.
Uma das funcionalidades legais é a inferência delegada, que permite que o aplicativo transfira tarefas mais pesadas para um computador enquanto mantém todos os dados seguros e locais. Diferente de outros métodos que geralmente usam dados da internet pública, o QVAC é completamente sintético e foi criado a partir de materiais educacionais e científicos. Isso ajuda a garantir que os modelos “raciocinem e resolvam problemas” ao invés de apenas repetir informações.
Quem é o dono da sua IA?
Nesse contexto, a Tether se coloca à frente em uma discussão crescente sobre o uso de dados sintéticos no treinamento de modelos de IA. Enquanto muitos defendem essa abordagem por conta da privacidade, há quem aponte que esses dados podem carregar vieses ou erros, o que poderia gerar resultados distorcidos.
Ainda assim, o QVAC Genesis I representa um passo ousado para uma empresa de criptomoedas em um território que, até então, era mais explorado por gigantes da tecnologia. Se as promessas da Tether se confirmarem, isso pode abrir novas portas para pesquisadores e pequenos laboratórios, permitindo que eles tenham uma participação significativa na corrida pela inteligência artificial.
